Como Elaborar um Relatório de Encaminhamento de Aluno para Psicólogo
Sentir insegurança ao escrever um relatório de encaminhamento é comum. Este guia transforma a tarefa em um processo claro, objetivo e útil para a criança. A seguir, cada passo para você criar um documento que realmente faça diferença.
O que é e Por Que o Relatório de Encaminhamento é Tão Importante?
Pense no relatório como um mapa que você entrega ao psicólogo. Não é um simples formulário, mas uma ferramenta de comunicação. O objetivo é documentar de forma clara e respeitosa as observações da escola sobre o desenvolvimento do aluno, oferecendo um ponto de partida sólido para a avaliação psicológica. Um bom relatório economiza tempo e foca as áreas mais críticas.
Como Escrever o Relatório: Passo a Passo
1. Identificação e Dados Básicos
Seja preciso com nomes, datas e contatos. Verifique grafias para evitar confusões administrativas.
2. Motivo do Encaminhamento: o Coração do Relatório
Prefira descrições observáveis a rótulos. Ex.: “Em atividades em grupo, levanta-se 5 vezes em 10 minutos, mesmo após orientações.”
Foque em observações factuais e evite diagnósticos. O papel da escola é descrever o que vê, não diagnosticar.
3. Histórico Escolar e Intervenções Prévias
Registre estratégias já utilizadas (sentar na frente, atividades adaptadas, diálogo com a família) e seus resultados. Isso orienta o trabalho clínico.
4. Observações Relevantes: o Contexto Completo
Inclua pontos fortes do aluno. Criatividade, colaboração e interesses específicos ajudam a personalizar o plano de intervenção.
A Perspectiva Pedagógica: Além do Relatório
Escrever o relatório é um exercício de reflexão. Ao sistematizar observações, padrões emergem. Use isso para ajustes imediatos: mais tempo para tarefas, rotinas visuais, um “canto da calma” na sala, entre outros.
Suas Dúvidas, Respondidas
Como conversar com os pais sobre o encaminhamento?
Trate como parceria. Comece pelos pontos fortes da criança e depois compartilhe observações e preocupações objetivas. Reforce que a avaliação é uma ferramenta para apoiar o desenvolvimento do(a) estudante.
O que fazer se os pais se recusarem a procurar ajuda?
Respeite a decisão, mantenha diálogo aberto, documente as observações e continue com estratégias pedagógicas possíveis. Ofereça materiais informativos e permita tempo para a família refletir.



