Causas do Autismo: Desvende os Mitos e as Verdades da Ciência

Não, o autismo não tem uma única causa. O consenso científico atual é que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é multifatorial, resultando de uma complexa interação entre uma forte predisposição genética e diversos fatores de risco ambientais que atuam durante o desenvolvimento cerebral.

O autismo tem um forte componente genético e pode ser hereditário. Na maioria dos casos, o risco é poligênico, ou seja, herdado através da combinação de centenas de variantes genéticas dos pais. Em outros casos, pode surgir de mutações genéticas novas (de novo) que não estão presentes nos pais.

Não. Esta alegação é um mito totalmente desmentido pela ciência. A ideia surgiu de um estudo fraudulento que foi retratado. Dezenas de estudos massivos, envolvendo milhões de pessoas, provaram conclusivamente que não existe nenhuma ligação entre vacinas e autismo.

Não. A teoria de que a forma como os pais criam os filhos poderia causar autismo (como a antiga teoria da 'mãe-geladeira') foi completamente refutada. O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento de base biológica, e o estilo parental não é um fator causal.

O autismo não é uma doença, mas sim uma forma diferente de neurodesenvolvimento, portanto não se fala em 'cura'. Existem, no entanto, diversas intervenções terapêuticas e educacionais baseadas em evidências que podem ajudar a pessoa no espectro a desenvolver habilidades, melhorar a qualidade de vida e gerir os desafios associados.

Atualmente, não é possível diagnosticar o autismo durante a gravidez. Embora se conheçam fatores de risco como a idade parental avançada ou a exposição a certas substâncias, não existem marcadores biológicos ou exames pré-natais que possam prever com certeza se uma criança irá desenvolver TEA.