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Redação ENEM

Redação ENEM: Perspectivas do Envelhecimento da População Brasileira

Um guia prático, humano e direto para escrever com segurança: argumentos, repertórios e intervenção completa — pensado para celular e para quem quer aprender rápido.

Leitura: ~9–12 min Atualizado: 09/11/2025 Nível: Fundamental e Médio
✔️ Tese clara✔️ Estrutura por eixos✔️ Intervenção (5 elementos)✔️ Checklist + FAQ
Saiu o tema da redação do ENEM: Veja aqui — Perspectivas do envelhecimento da população brasileira, guia com repertório, argumentos e intervenção.
Saiu o tema da redação do ENEM: Veja aqui — guia prático com repertórios, exemplos e proposta de intervenção sobre o envelhecimento da população brasileira.

Sobre o autor

Foto de perfil de Robson Silva

Robson Silva

Pedagogo (Centro Universitário Fundação Santo André). Mais de 20 anos como professor, coordenador pedagógico e diretor de escola em São Paulo.

Revisado em . Fale conosco: +55 11 97752-3549.

1) O que o tema avalia no ENEM

  • Problema público Entender o envelhecimento e seus efeitos.
  • Causa e efeito Selecionar e relacionar evidências.
  • Soluções Propor medidas viáveis ao contexto brasileiro.
  • Clareza Norma-padrão, coesão e progressão temática.
  • Intervenção Agente, ação, meio, finalidade e detalhamento.
Trate o envelhecimento como um fato demográfico e mostre como o país pode transformar esse cenário em qualidade de vida.

2) Entendendo o envelhecimento

O Brasil envelhece porque nascem menos crianças e vivemos mais tempo. A pirâmide etária muda: a base diminui e o topo cresce, afetando saúde, previdência, trabalho, urbanismo e tecnologia.

Resuma em uma frase: “Mais longevidade + menos nascimentos = novas políticas para garantir autonomia e dignidade”.

3) Desafios-chave (saúde, economia, cidade, cultura, tecnologia)

3.1 Saúde e cuidado

  • Doenças crônicas exigem acompanhamento contínuo.
  • Faltam atenção domiciliar, centros-dia e longa permanência.
  • Famílias sobrecarregadas sem suporte técnico e financeiro.

Essência: integrar Atenção Primária e assistência social reduz internações e custos.

3.2 Economia e trabalho

  • Idadismo exclui profissionais experientes.
  • A economia prateada é subaproveitada (consumo, conhecimento).
  • Requalificação 50+ e equipes intergeracionais geram valor.

3.3 Cidades e mobilidade

  • Calçadas e transporte precisam ser acessíveis.
  • Moradias seguras mantêm autonomia.

3.4 Cultura e educação

Combater estereótipos, promover educação permanente e campanhas de respeito.

3.5 Tecnologia e inclusão digital

  • Serviços digitais amigáveis evitam exclusão.
  • Alfabetização digital protege contra golpes e amplia autonomia.

Como usar este guia (passo a passo)

1. Leia a introdução e destaque o problema e a tese.
2. Escolha dois eixos para desenvolver (ex.: saúde + cidade).
3. Para cada eixo, explique causa → efeito → solução.
4. Insira 1 repertório e conecte-o ao argumento.
5. Conclua com intervenção (5 elementos) e meta anual.
6. Revise coesão e ortografia usando o checklist.
7. Passe a limpo e sinalize seu título (opcional).
Se estiver com pouco tempo, escreva 4 parágrafos: introdução → desenvolvimento 1 → desenvolvimento 2 → conclusão.

Adaptações e diferenciação

Para quem está começando

  • Use frases curtas e conectivos simples.
  • Anote exemplos reais do seu bairro/cidade.
  • Comece pelo parágrafo de conclusão e depois ajuste a introdução.
Troque termos técnicos por expressões do dia a dia sem perder precisão.

Para aprofundar

  • Mostre trade-offs: custos, prioridades, tempo de implementação.
  • Inclua metas mensuráveis (ex.: “+20% de equipes de atenção domiciliar”).
  • Compare políticas (municipal × federal) em 2 linhas.
Evite generalizações (“idosos não conseguem…”). Prefira “muitas pessoas idosas enfrentam…”.

4) Direitos da pessoa idosa

  • Constituição, art. 230 — amparo e dignidade.
  • Estatuto da Pessoa Idosa (Lei 10.741/2003) — prioridade, saúde, mobilidade, proteção.
  • Integração de políticas — saúde, assistência, trabalho, cultura e urbanismo.

5) Idadismo: o preconceito invisível

Discriminação contra pessoas idosas que reduz oportunidades no trabalho, na saúde e na vida social. Enfrentar o idadismo é parte da justiça social.

6) Repertórios que funcionam

  • Leis: Constituição (art. 230), Estatuto da Pessoa Idosa.
  • Programas: “Cidades Amigas do Idoso” (OMS), atenção domiciliar e centros-dia.
  • Autores: Norbert Elias, Simone de Beauvoir.
  • Cinema: Amor, Up, O Exótico Hotel Marigold.

Use repertório para explicar o argumento — não apenas para “decorar” o texto.

7) Teses possíveis

  • Políticas públicas: integrar saúde-assistência, cidade acessível e combate ao idadismo.
  • Oportunidades: economia prateada, requalificação 50+, inovação.
  • Direitos: efetivar Constituição e Estatuto com medidas práticas.

8) Modelos de parágrafo

Introdução

Contextualize a transição demográfica, aponte o desafio central e apresente 2–3 eixos da tese.

Desenvolvimento 1 (Saúde e assistência)

Tópico frasal → explicação → repertório → conexão com a tese.

Desenvolvimento 2 (Trabalho e cidade)

Idadismo + mobilidade urbana → consequências → políticas e exemplos.

Conclusão (Intervenção)

Agente + ação + meio + finalidade + detalhamento mensurável.

9) Linguagem, coesão e autoria

  • Causa: porque, visto que, à medida que…
  • Consequência: portanto, assim, por isso…
  • Contraste: porém, contudo, embora…
  • Adição: além disso, também, bem como…
  • Exemplo: por exemplo, como se vê em…

10) Intervenção (5 elementos)

Agentes: Ministério da Saúde, MDS, Prefeituras, Ministérios do Trabalho e das Cidades, Secom e MEC.

Ações: Programa Cuidar Brasil 60+ (atenção domiciliar, centros-dia), curso gratuito de cuidador (200h), auxílio-cuidador, incentivos 50+, plano de acessibilidade urbana, campanha anti-idadismo e alfabetização digital.

Meios: cofinanciamento SUS/SUAS, Institutos Federais, Selo “Empresa Amiga do Idoso”, adesão a “Cidades Amigas do Idoso”.

Finalidade: autonomia, segurança e participação.

Metas: equipes criadas, vagas abertas, cuidadores formados, empresas certificadas, km de calçadas acessíveis e alcance de campanha.

11) Modelo de redação (inspiração)

O Brasil vive uma transição demográfica silenciosa: nascem menos crianças e as pessoas vivem mais tempo. Essa conquista da saúde pública, no entanto, traz exigências novas para o país. Sem cidades acessíveis, redes de cuidado e combate ao idadismo, a longevidade corre o risco de virar sinônimo de barreiras. Nesse contexto, é imprescindível organizar políticas que garantam autonomia e participação social na velhice.

No campo da saúde, o crescimento de doenças crônicas e de situações de dependência funcional exige acompanhamento contínuo. A falta de atenção domiciliar, centros-dia e cuidados de longa duração sobrecarrega famílias, que assumem tarefas complexas sem formação ou apoio financeiro. Fortalecer a Atenção Primária, integrar saúde e assistência social e apoiar o cuidado no território evita internações evitáveis, sofrimento e gastos elevados.

Há, também, dimensões econômicas e urbanas. O idadismo afasta profissionais experientes do mercado e desperdiça a “economia prateada”. Ao mesmo tempo, calçadas irregulares, ônibus sem acessibilidade e serviços digitais confusos reduzem a autonomia. Em sentido oposto, programas de requalificação 50+, trabalho intergeracional e urbanismo inclusivo convertem a longevidade em oportunidade de desenvolvimento e coesão social.

Diante disso, propõe-se que o Ministério da Saúde, em parceria com o MDS e municípios, implemente o programa “Cuidar Brasil 60+”, com cofinanciamento SUS/SUAS, para ampliar equipes de atenção domiciliar, abrir centros-dia nas regiões prioritárias, ofertar curso gratuito de cuidador (200 horas) nos Institutos Federais e criar auxílio-cuidador para famílias de baixa renda. Em paralelo, o Ministério do Trabalho deve incentivar a contratação de profissionais 50+, com selo de empresa amiga do idoso e trilhas de requalificação, enquanto o Ministério das Cidades adere ao “Cidades Amigas do Idoso”, garantindo calçadas acessíveis e ônibus de piso baixo. Por fim, uma campanha nacional contra o idadismo, conduzida por Secom e MEC, deve sensibilizar escolas, mídia e empresas. Com metas anuais, transparência e avaliação pública, o Brasil pode transformar o envelhecimento em motor de cidadania e desenvolvimento.

Qualidade e confiabilidade (E-E-A-T)

  • Experiência: conteúdo escrito por educador com atuação em sala, coordenação e direção.
  • Especialização: referências a Constituição (art. 230), Estatuto da Pessoa Idosa e programas de política pública.
  • Autoridade: perfis verificados (Lattes, Google Acadêmico, LinkedIn).
  • Fiabilidade: proposta clara, metas mensuráveis, revisão e contato direto.

12) Erros comuns

Evite clichês sem ação, intervenção sem agente/meio e generalizações sobre velhice.

13) Checklist final

  • [ ] Tese clara no fim da introdução.
  • [ ] Dois desenvolvimentos com eixos diferentes.
  • [ ] 1–2 repertórios bem explicados.
  • [ ] Conectivos variados.
  • [ ] Intervenção com 5 elementos.
  • [ ] Norma-padrão revisada.
  • [ ] Título objetivo (opcional).

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FAQ rápido

Como começar a redação sobre o tema?

Explique a transição demográfica de forma simples e apresente uma tese com 2–3 eixos: saúde/assistência, cidade acessível e combate ao idadismo.

Quais repertórios posso usar?

Constituição (art. 230), Estatuto da Pessoa Idosa, programa Cidades Amigas do Idoso (OMS), autores como Norbert Elias e Beauvoir, filmes como Amor e Up.

Como fazer a intervenção nota 1000?

Inclua agente, ação, meio, finalidade e meta. Ex.: atenção domiciliar + centros-dia com cofinanciamento SUS/SUAS e metas anuais.

Este conteúdo é educativo e foi pensado para ser claro, direto e acessível. Revisões editoriais periódicas para manter atualidade e precisão.

Contato: +55 11 97752-3549 · Site:

Saiu o tema da redação do ENEM: Veja aqui — guia prático sobre o envelhecimento da população brasileira com repertório, argumentos e proposta de intervenção.