QUAL É O MELHOR MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO?

16/10/2022
Qual é o melhor método de alfabetização?
Qual é o melhor método de alfabetização?

A melhor forma de alfabetizar é a antiga discussão entre especialistas no assunto e pais que começam a ler as primeiras palavras e frases quando escolhem uma escola para o filho. 

No caso do Brasil, com altos índices de analfabetismo e graves problemas estruturais com a rede pública de ensino, especialistas debatem qual é a melhor forma de reformar ou pelo menos melhorar a educação no Brasil. Como a educação é pensada mudou ao longo das décadas e agora é vista em termos de como os alunos aprendem e não como os professores ensinam. Há muitas maneiras de alfabetizar, cada uma das quais enfatiza um aspecto da aprendizagem. Desde a abordagem fonológica que liga letras e sons, utilizada na maioria dos países, até a abordagem de linguagem integral que não utiliza cartilhas, e a abordagem alfabética que trabalha com ortografia, ela auxilia em uma ou outra, para o processo de alfabetização.

Qual é o melhor método?

Vamos explorar os métodos mais populares para a alfabetização. Você conhecerá as vantagens e desvantagens de cada um, além de detalhes sobre os parâmetros curriculares nacionais de português adotados pelo Ministério da Educação (MEC).

Este artigo compartilha os traços de todos os métodos de alfabetização. Educadores e educadores especiais normalmente não concordam com um único método melhor para ensinar alfabetização. Isso porque eles se concentram em diferentes aspectos de cada método sem chegar a um consenso. Uma escolha lógica para os pais seria comparar as características de cada método para poderem escolher a melhor opção para seu filho.

Método Sintético

Ao aprender palavras e letras individualmente, o método sintético estabelece uma conexão entre a fala e a escrita. Isto é conseguido através da aprendizagem da letra por letra e palavra por palavra.

Ensinar os alunos a criar palavras por meio de métodos silábicos, fônicos e alfabéticos compartilha uma base semelhante. Primeiro, os alunos aprendem as letras alfabéticas. Em seguida, estabelecem consoantes e vogais para gerar sílabas. Posteriormente, combinam essas sílabas para formar palavras que constituem o texto.

A fonética é um método de ensino baseado nos sons das letras, também conhecido como fonética. Os alunos usam a parte consonantal de cada palavra e combinam o som da vogal para criar uma sílaba. Alternativamente, os alunos podem aprender sílabas e palavras usando o método silábico.

As pessoas entendem o texto através de uma leitura mecânica do texto que decodifica as palavras.

Em vez de ensinar e aprender usando várias palavras, esse método divide um conceito em partes menores. Cada livreto apresenta um único fonema e seu símbolo correspondente. Este método também ajuda a evitar confusão causada por entradas visuais ou auditivas.

Muitos críticos não consideram o método sintético educacional por suas aulas serem realizadas apenas mecanicamente por meio da repetição. Acreditam que cansa as crianças porque só foca na repetição e não as envolve em nenhuma criação. Também acreditam que está fora da realidade da criança, pois não agem de forma autônoma.

Método Analítico

Os proponentes do método analítico consideram a leitura uma experiência multidimensional que requer observação e análise simultâneas. Seguindo essa crença, eles começam a trabalhar com unidades linguísticas inteiras antes de dividi-las em partes menores. Por exemplo, uma criança pode começar isolando as sílabas de uma frase.

Uma palavra, frase ou método global pode ser escolhido. A nomeação deste método explica que o processo começa com uma palavra. Após ouvir e memorizar os sons em sequência, os alunos criam frases.

A unidade de aprendizagem inicial de uma criança é a frase. Depois disso, ele aprende as sílabas que extraiu de sua frase. Esse processo cria um contexto global, também conhecido como história e conto, que os usuários dividem em unidades menores com começo, meio e fim. Essas unidades são então conectadas por frases significativas para formar um enredo interessante que atrai a atenção das crianças. Algumas pessoas acreditam que esse método é ineficaz porque não ensina as crianças a ler; em vez disso, apenas memoriza as palavras.

Método Alfabético

Por meio desse processo, a criança soletra as sílabas até que a palavra seja decodificada. Por exemplo, a palavra casa é escrita c, a, ca, s, a, sa, casa. A abordagem alfabética permite o uso de cartilhas.

A principal crítica a essa abordagem diz respeito à prática repetitiva, que além de desrespeitar os conhecimentos adquiridos previamente pelos alunos, pode tornar as crianças entediadas.

O método alfabético, embora não seja o prescrito nos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é amplamente utilizado em várias cidades do interior do Nordeste e do Norte, pois é mais facilmente aplicado por professores leigos, por meio da repetição das Letras do alfabetário e Alfabetização Doméstica.

Método fônico de aprendizagem baseado na percepção auditiva.

A associação de letras e sons permite que os alunos aprendam pelo método fonêmico. Este método associa letras com som para ajudar os alunos a entender o princípio do alfabeto. Os alunos podem então usar textos específicos para aprender ortografia e gramática.

O método tem como foco a criação de atividades lúdicas que as crianças utilizam para compreender o código alfabético de forma dinâmica. Isso os ajuda a aprender como codificar a fala em palavras escritas e decodificar palavras escritas no fluxo de pensamento e fala.

O método fônico foi criado como uma oposição intelectual aos métodos alfabéticos de ensino. Ele primeiro ensina aos alunos os sons e as formas das vogais antes de introduzir consoantes e combinações de letras mais complexas.

Para conectar os alunos a um propósito comum, os professores criam diferentes variações do método fônico. Esses métodos incluem a apresentação de palavras com sons associados, onomatopeias, palavras ligadas a imagens ou personagens de histórias associadas a um fonema. Eles também podem ser apresentados escrevendo uma letra no quadro e exibindo imagens de objetos que começam com essa letra. Ele escreve várias palavras em um quadro e pede aos alunos que apontem para a letra apresentada inicialmente. A partir do conhecimento já adquirido, os alunos podem identificar letras adicionais apontando para elas.

Especialistas recomendam essa forma de alfabetização infantil para a maioria dos países. Leva entre quatro e seis meses, em média, para que as crianças aprendam a ler usando a linguagem alfabética.

A maior crítica a essa abordagem é que ela não funciona com muitas exceções em português. Por exemplo, cassa e caça têm a mesma pronúncia, mas a grafia é diferente. Como explicar?


Autor: Robson Silva

Possui graduação em Pedagogia pelo Centro Universitário Fundação Santo André (2002). Pós-graduado em Gestão Escolar Pelo Centro Universitário SENAC e especialização latu sensu em gestão, planejamento, implementação da Educação a Distância pela UFF (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE). Atualmente é Diretor de Escola da Rede Municipal de Educação de São Paulo. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem, atuando como Coordenador Pedagógico e Professor de Ensino Fundamental I tanto nas Rede de Ensino de São Paulo/SP como de Diadema/SP. E-mail: [email protected]